A nova aproximação entre Moscou e Pequim é vista por muitos como uma resposta a um inimigo comum: os Estados Unidos.
Desde 2014, Washington mantém o Kremlin isolado do Ocidente, em represália pela anexação da Crimeia pela Rússia. Nos últimos dois anos, as sanções cresceram após o Congresso dos EUA propor novas medidas contra a Rússia por sua interferência nas eleições americanas de 2016. Agora, outro fator internacional aproxima russos e chineses: a guerra comercial que Donald Trump declarou contra a China.
Após mais de um ano de tensões comerciais, em maio passado, Trump impôs novas barreiras de mais de US$ 200 bilhões a produtos chineses. Pequim respondeu com novos impostos às importações oriundas dos EUA, que somam US$ 60 bilhões, a partir de junho.
Sem uma solução aparente a curto prazo para a guerra comercial, Pequim parece ter constatado que o inimigo de seu inimigo pode ser seu melhor aliado.
Mais de 50 anos depois, pouco parece ter restado das velhas tensões e das cicatrizes dos conflitos. Agora, os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da China, Xi Jinping, afirmam que os vínculos entre Pequim e Moscou estão em seus "melhores momentos" e que "resistiram às provas do tempo e às turbulências".
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