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Empreendedores das Favelas

Expressiva a quantidade de empreendedores em favelas


Cerca de 40% dos moradores de favelas do Rio de Janeiro têm negócio próprio e, entre aqueles que não têm, 22% estão com a intenção de começar a empreender nos próximos 12 meses. É o que aponta a pesquisa realizada pelo Instituto Data Favela, que será apresentada na edição deste ano do Expo Favela Innovation Rio, que começa neste sábado (29) e vai até segunda-feira (31).


O estudo foi realizado com 1.674 moradores de favelas do Rio, entre os dias 20 de junho e 5 de julho deste ano. Segundo o levantamento, 33% dos entrevistados possuem o próprio negócio há mais de cinco anos e 58% deles decidiram empreender por necessidade, enquanto 24% por oportunidade.


A maioria das favelas carece de serviços básicos, como saneamento, abastecimento de água potável, eletricidade, policiamento, bombeiros, além da falta de infraestrutura em geral e de regularização fundiária, entre outros problemas. Mesmo assim empreendedores encontram oportunidades para seus negócios


“A favela é a concentração geográfica das desigualdades sociais e muitas vezes o morador não encontra no emprego formal a oportunidade para desenvolver toda sua potencialidade. O morador da favela só vai conseguir ganhar mais do que dois salários mínimos se empreender dentro da favela. Assim, pode usar o seu potencial e fazer com que o dinheiro das favelas fique dentro das próprias favelas”, afirma fundador do Instituto Data Favela, Renato Meirelles.


O estudo mostra ainda que existem desafios, como informalidade e obtenção de crédito, que são os principais obstáculos para os empreendedores de comunidades. A maioria (57%) não tem um CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica) formalizando a existência dos negócios. Conseguir capital para investir foi apontado como fator dificultador por 55% dos entrevistados, seguido pela gestão financeira (25%) e falta de equipamentos (24%).


Entre os entrevistados, 66% afirmam que já enfrentaram dificuldades para liberação de crédito, sendo que aproximadamente 25% nunca sequer tentou obter o recurso. Caso estivessem disponíveis, os principais investimentos realizados seriam na divulgação do negócio, compra de máquinas e equipamentos e na diversificação do portfólio de produtos e serviços.


Nos últimos 12 meses, somente 17% dos empreendedores experimentaram aumento nas vendas, 48% sentem que não houve alteração e 35% que houve diminuição. Apesar disso, a perspectiva para o futuro se mostra positiva: 73% acreditam no crescimento de suas vendas para os próximos 12 meses, e 9 de cada 10 se declaram otimistas em relação ao futuro de seu negócio.


O fluxo de negócios em favelas é responsável por R$ 208 bilhões em movimentação financeira por ano.

 

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